27 de julho de 2010

Estações Lotadas

     Estamos chegando na reta final deste desafio, e o tema desta semana é dedicado a todas os que foram desanimados por seus amigos e pais (hehe). Mas é verdade, vamos falar um pouco sobre cursos que estão saturados mas é aquilo que você realmente gosta, e que, na maioria das vezes, não recebe o devido apoio. Devo fazer o que eu realmente quero? Ou devo seguir o "curso" do mercado? Vale a pena tentar?


     Sem mais delongas, hoje vamos ser bem diretos. Não basta simplismente dizer "Siga seu coração", porque talvez ele te leve a falência. Atualmente, é preciso sim levar as oportunidades de emprego e o mercado de trabalho em considaração. Quando seus pais alertam você para repensar sua decisão, não é a toa. Para se dar bem em uma área que está saturada, deve-se estar muito disposto a pagar o preço. Para entenderem melhor, leiam a seguir o depoimento de dois componentes da equipe que optaram por áreas bem competitvas, e outra que entrevistou uma prima.

DEPOIMENTOS

"Quando decidi cursar Direito, sabia que enfrentaria um árduo caminho pela frente. Essa é uma área extremamente saturada, e para atingir meus objetivos vai ser preciso muito esforço. Pretendo ser juíza, porém para isso devo cursar a faculdade não somente para passar, mas para ser a melhor."
Raíssa

"Passei dois anos de minha vida decidindo entre dois cursos: Odontologia e Engenharia Mecânica. Conversei com dentistas e engenheiros, e optei por fazer odonto. É uma área que está cheia de profissionais, mas pretendo atingir o sucesso me destacando atravéz do esforço."
Lucas Augusto

"Tenho uma prima que mora em Florianópolis e trabalha em uma universidade. É formada em fisioterapia, e tem 32 anos. Neste ano foi informada que para continuar na área em que trabalha é necessário ter o título de doutor. O mercado para os fisioterapeutas é limitado e as vagas para um bom emprego requerem melhor qualificação do profissional. Então para um recém formado é complicado conseguir uma vaga quando não há mais empregos dentro da sua área, há excesso de profissionais e uma ótima qualificação daqueles já empregados."
Yara



     Viram só? Se o seu sonho está ligado a uma área saturada, saiba que você pode obter sucesso, porém o trabalho será dobrado. Acreditamos que a satisfação profissional não deve ser desprezada, e nem o mercado de trabalho, portanto, coloque na balança e pense nas suas opções... Afinal, ninguém gosta de estar na fila :)

     Outro curso também que é muito complicado ingressar no mercado de trabalho é o da Psicologia. As chances de conseguir montar um consultório no início da carreira e ter um bom número de pacientes são remotas. Em muitos casos após pagar uma faculdade, o que, na maioria das vezes, é necessário um grande investimento, para conseguir um emprego os profissionais desviam-se do seu mercado de trabalho e passam a trabalhar em qualquer emprego por uma remuneração bem menor que o esperado. Se você não sabe se a sua primeira opção de curso é saturada, aqui vai uma lista com as 7 profissões mais escolhidas nos vestibulares.

• Educação Física
• Publicidade
• Turismo
• Psicologia
• Odontologia
• Direito
• Jornalismo

     Existe uma coisa que ajuda muitas pessoas a ingressarem no mercado de trabalho, chama-se infuência. E há algo que ajuda muitos a terem essa tal influência: networking.


     Essa imagem pode demonstrar o que é networking. É a sua lista de contatos, as pessoas que você conhece, e que talvez um dia deem uma forcinha na hora de fazer uma recomendação ou uma entrevista de emprego, por exemplo. Portanto, sempre é hora de aumentar o seu círculo de amigos/conhecidos! Existem vários sites que lhe ensinam como fazer isso, clique aqui para obter mais dados e dicas.

20 de julho de 2010

Soluções Insaturadas

     Antes de mais nada, nossos agradecimentos a todos aqueles que estão comentando, visitando e nos apoiando. Essa semana a ITS lançou o ranking parcial dos blogs e conquistamos uma nota 9,7!! Valeu galeraaaaa! Bom, hoje o tema é sobre aquelas áreas da indústria que faltam profissionais. Aqui você confere porque isso acontece, as melhores áreas pra conseguir emprego, as que estão lotadas, coisa e tal.. O título deste post já é uma homenagem ao nosso querido professor Cléber, de Química, que tem nos dado seu apoio :), mas também uma relação com alguns segmentos da indústria que faltam profissionais, portanto, insaturados.

     Passamos por um momento de grandes dúvidas ao ter que escolher uma profissão, mas agora temos outra preocupação: você precisa de um emprego! Para chegar lá você tem que apresentar um bom currículo. Deve-se levar em conta que nos destacamos pela qualidade do serviço que estamos dispostos a oferecer. O domínio de outro idioma tão somente não basta, deverá estar acrescido a oportunidades diversas: assistir palestras, participar de cursos, especializações, pós-graduações, e outras experiências adquiridas que lhe favorecerão na hora de conseguir o emprego desejado.
     Apesar do concorrido mercado de trabalho, ainda sobram vagas. Os motivos para a falta de mão de obra capacitada são diversos. Vejamos, atualmente, o mercado de trabalho carece de engenheiros civis - o motivo é claro, o homem busca construir cada vez mais e de maneira desenfreada, de forma que a mão de obra já existente nesse segmento não dá conta do serviço. Já os engenheiros ambientais também precisam de mais companheiros na área, porém o motivo é outro - o fato é que, sobretudo, engenharia ambiental é um curso novo, onde há pouco profissionais já formados (que por sinal estão ganhando uma grana). É, fugimos um pouco, mas ficou interessante. O que deve ser realmente abordado são segmentos indústriais, então vamos lá. As pesquisas revelam que as vagas de emprego que mais sobram são de funções "básicas". Em uma indústria de calçados, eles estavam sem funcionários que soubessem costurar e bordar, porque na confecção dos calçados tinha que ter uma costura X. E daí o que aconteceu foi que a empresa teve que dobrar o horário de trabalho para atender a venda dos produtos. É um trabalho simples e muita gente que tá sem emprego poderia fazer isso. Ao abrir vagas para novos funcionários não haviam bordadeiras e pespontadeiras especializadas em calçados femininos que pudessem auxiliar na produção dos calçados.
(Veja aqui:Sobram vagas na produção de calçados.)
     O surgimento de novas tecnologias requer especialização e aprimoramento urgente da mão de obra específica. No mundo globalizado é preciso reestruturar o ensino e direcionar a demanda crescente do mercado. À medida que a informação chega hoje de forma muito mais rápida sente-se a necessidade da formação de novos cursos para atender uma demanda ainda não assistida, tendo como exemplo: a área da cosmetologia, energia limpa, reaproveitamento de materiais diversos, área da biologia e robótica entre outros.
     A iniciativa do Brasil em abrir mercados para a economia externa vem possibilitando a abertura da indústria nas mais variadas áreas sem tempo suficiente para a formação qualificada de pessoal.  Conseqüentemente gerando assim mais vagas do que candidatos.  É premissa a orientação na criação de escolas preparatórias a atender o modelo crescente de novos mercados. Historicamente, caracteriza-se em nosso país a evasão escolar precoce, resultado da ineficiência das políticas públicas governamentais, acrescentando um contingente populacional de massa sem crítica e implementando o mercado de trabalho informal ou subempregos. 
Uma maneira para solucionar estes problemas é promover a capacitações de funcionários já vinculados com as empresas, ou daqueles que apresentarem um bom currículo.

     A participação das universidades neste contexto poderá favorecer o menor distanciamento entre a necessidade de pessoal qualificado e o mercado. A associação via convênios estabelecidos direcionaria a formação nas áreas prioritárias. As empresas ofereceriam vagas para estágios curriculares (no Brasil e no exterior) oportunizando reduzir o distanciamento entre conhecimentos tecnológicos. 

"O mercado de emprego brasileiro cresceu cerca de 40% segundo pesquisas realizadas em fevereiro. Em alguns segmentos “sobram” vagas. Segundo a Catho, empresa especializada em recolocação de pessoal, existem segmentos onde o número de vagas é muito maior que o número de candidatos: Odontologia, áreas Médico-Hospitalar, Informática e TI (com uma demanda de 100.000 profissionais até 2010), Educação e Ensino – Idiomas, Comercial e Vendas. Segundo o mesmo relatório, nas áreas de Engenharia, os destaques ficam para as Engenharias Civil, Alimentícia, Química, Petroquímica e Geologia. Em contrapartida, outras áreas não estão tão contratantes e por isso será mais difícil aparecerem oportunidades: Economia, Marketing, Administração, Publicidade e Propaganda, justificado pelo grande número de faculdades no mercado, aumentando a oferta de candidatos, porém com número reduzido de vagas. Nossa economia poderia estar melhor posicionada se esta mão de obra estivesse direcionada para onde o mercado aponta como promissor." Texto adaptado de entrevista com Gilberto Dimenstein para a Rádio CBN em 24 de março de 2008.

13 de julho de 2010

Curso, faculdade, universidade - quem é quem?


     Mais uma vez, bombardeados de dúvidas. Parece que assim será eternamente no mundo dos jovens.. Constantemente confrontados, o tema de hoje é o seguinte: universidades e cursos. Quando pensamos nisso, um leque de opções se abre a nossa frente. Temos só três horas pra terminar esse post até a meia noite e publicar o material com as pesquisas da semana, por isso vamos tentar ser mais objetivos, até porque essa semana é basicamente o que já discutimos antes...


UNIVERSIDADES:
- Pública: Dá um certo status aqueles que nela estudam, o vestibular é bem mais concorrido se comparado com as universidades particulares. Em termos de estudo, o conhecimento adquirido é paralelo as instituições privadas, porém quando se tem um diploma de uma universidade pública, geralmente é ponto extra.

- Privadas: Possuem menos candidatos por vaga, ou seja, é mais fácil de se ingressar. A principal desvantagem são os custos (sempre há a tentativa de bolsas). Além de que, como citado acima, o diploma pode ser visto como uma desvantagem dependendo do nível de credibilidade da instituição.


CURSOS:
- Técnicos: Para aquelas pessoas que desejam ter dinheiro rápido, sem tanto investimento. O curso te dá uma boa base prática e pode ser feito junto com o Ensino Médio. O salário é mais baixo quando comparado aos profissionais com curso superior.

- Superior: Requer um investimento financeiro maior, porém o retorno também é mais satisfatório. Esse tipo de curso também demanda mais tempo (de 4 a 6 anos em média). O profissional sai mais bem preparado para enfrentar mercado de trabalho.

OBS.: Hoje, apesar de o curso superior ser visto como mais bem qualificado, a procura por técnicos é intensa.


     O Brasil hoje conta com 443 faculdades e universidades particulares e 150 públicas (federais, estaduais, municipais e militares). São 2,95 particulares para cada pública. (Dados de 2007).

     Muitas pessoas com quem conversamos apresentaram uma dúvida que marcou a maior parte das conversas: a diferença entre faculdade e universidade. Segundo o Professor Luís Limeira (SP) não há muitas diferenças, ambas são instituições de nível superior. "A diferença entre elas consiste no fato da Universidade ter de aplicar ensino, pesquisa e extensão, enquanto que a faculdade deve aplicar ensino e extensão, ficando opcionalmente a pesquisa."

     Agora, um vídeozinho sobre a nossa Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O começo é um pouco chatinho, mas assistam que depois fica bom... hehe

6 de julho de 2010

Curso superior - pilar fundamental?

      A maioria dos estudantes do Ensino Médio, tanto de escolas particulares como públicas, tem em mente que no final do terceiro colegial farão o tão temido vestibular, para assim ingressarem em um curso superior. A cada momento, nos sentimos motivados a escolher uma profissão. Acredita-se que ao tomar essa decisão, depois de muito pensar, nos dê - além de remuneração - satisfação pessoal e conhecimento. Esse seria o eixo principal para a grande procura por um curso superior e, como escreveu Zaki Akel Sobrinho, reitor da UFPR- 2009, “Um bom profissional submete sua atividade aos interesses da sociedade, ao desenvolvimento da cidadania e empresta seu talento aos seus pares.”

     Com um diploma de um curso superior a chance de se conceguir um bom salário é maior do que ter apenas curso técnico. O mercado de trabalho tão competitivo tem dificultado a escolha de muitos, já que este também requer profissionais técnicos. Porém, já debatemos bastante sobre isso na semana passada, e hoje o dilema é outro: Curso Superior - público ou privado? que curso? qual a importância disso no meu currículo?

     A decisão de fazer um curso superior tem levado os jovens a um paradoxo. Quase nunca a escolha de uma faculdade é uma fácil decisão. Isso se confirma especialmente no Brasil, onde temos uma variedade de univesidades e um grande cardápio de cursos. Algo característico de nosso país, também é a opção de cursar universidades particulares. Em países como a Alemanha, o processo educacional é uma responsabilidade do governo, desde a conhecida creche até a pós-graduação, porém aqui as coisas funcionam de outra maneira. Querendo ou não, há um certo status para as pessoas que estudam ou estudaram em universidades públicas, isso se deve ao fato de que só "os bons" conseguem entrar para as tais, somente aqueles que provavelmente estudaram em escolas particulares, coisa e tal (lembrando que para toda regra há uma excessão). Mas será que as universidades públicas são realmente melhores do que as privadas? Avaliando opniões de pessoas variadas, desde grandes críticos aos próprios estudantes, chegamos a conclusão de que há controvérsias. A maioria defende a ideia de que atualmente depende do curso, porém também concordam no fato de que as universidades privadas tem aprimorado sua educação, e que futuramente aquelas que são bancadas pelo gorerno ficarão para trás. Temos que confessar: nos surpreendemos com os dados. Esse status dos cursos públicos a que nos referimos anteriormente está mais ligado ao fato da grande competitividade do vestibular do que ao próprio ensino. Portanto, deve-se avaliar os prós e contras de cada curso, qual universidade tem melhor equipamento sobre determinada área, etc..

     Enfim, outra questão bastante difundida é o peso que um diploma de curso superior vai ter no currículo. Seria ele um pilar fundamental? Para muitos (como nós), sim. A educação é um direito básico de todo cidadão, e o curso superior deveria ser algo de acesso a todos. Só há busca de profissionais técnicos pela diferença salarial (sem desmereçer, por favor, não nos entendam mal), onde um profissional graduado em uma faculdade tem mais conhecimento do que aquele que apenas concluiu o técnico. Como hoje o sistema educacional brasileiro é falho, não há democracia ou direitos iguais, verifica-se a importância de cursos técnicos - afinal, aqueles que não conseguem ingressar em faculdades, seja por falta de recursos financeiros ou impedidos pelo vestibular, tem que ter uma segunda opção. Mas, tendo em vista uma sociedade perfeita - sim, sabemos, é uma utopia - o ideal seria que todos pudessem aderir ao curso superior, eliminando a concorrência desleal entre as camadas elitizadas e as menos prevalecidas.

     Para aqueles que tem possibilidade de ingressar em uma faculdade, por favor, não deixem passar essa oportunidade! Ela é de suma importância para qualquer carreira que desejem seguir.

     Depois de algumas pesquisas, encontramos esse vídeo que mostra a importância do curso superior em outros países. Colocamos apenas o de Portugal (se não ia ficar difícil pra galera entender) mais outros países como Dinamarca, Inglaterra e Sudão (acreditem, Sudão!) também concordam.