A maioria dos estudantes do Ensino Médio, tanto de escolas particulares como públicas, tem em mente que no final do terceiro colegial farão o tão temido vestibular, para assim ingressarem em um curso superior. A cada momento, nos sentimos motivados a escolher uma profissão. Acredita-se que ao tomar essa decisão, depois de muito pensar, nos dê - além de remuneração - satisfação pessoal e conhecimento. Esse seria o eixo principal para a grande procura por um curso superior e, como escreveu Zaki Akel Sobrinho, reitor da UFPR- 2009, “Um bom profissional submete sua atividade aos interesses da sociedade, ao desenvolvimento da cidadania e empresta seu talento aos seus pares.”
Com um diploma de um curso superior a chance de se conceguir um bom salário é maior do que ter apenas curso técnico. O mercado de trabalho tão competitivo tem dificultado a escolha de muitos, já que este também requer profissionais técnicos. Porém, já debatemos bastante sobre isso na semana passada, e hoje o dilema é outro: Curso Superior - público ou privado? que curso? qual a importância disso no meu currículo?
A decisão de fazer um curso superior tem levado os jovens a um paradoxo. Quase nunca a escolha de uma faculdade é uma fácil decisão. Isso se confirma especialmente no Brasil, onde temos uma variedade de univesidades e um grande cardápio de cursos. Algo característico de nosso país, também é a opção de cursar universidades particulares. Em países como a Alemanha, o processo educacional é uma responsabilidade do governo, desde a conhecida creche até a pós-graduação, porém aqui as coisas funcionam de outra maneira. Querendo ou não, há um certo status para as pessoas que estudam ou estudaram em universidades públicas, isso se deve ao fato de que só "os bons" conseguem entrar para as tais, somente aqueles que provavelmente estudaram em escolas particulares, coisa e tal (lembrando que para toda regra há uma excessão). Mas será que as universidades públicas são realmente melhores do que as privadas? Avaliando opniões de pessoas variadas, desde grandes críticos aos próprios estudantes, chegamos a conclusão de que há controvérsias. A maioria defende a ideia de que atualmente depende do curso, porém também concordam no fato de que as universidades privadas tem aprimorado sua educação, e que futuramente aquelas que são bancadas pelo gorerno ficarão para trás. Temos que confessar: nos surpreendemos com os dados. Esse status dos cursos públicos a que nos referimos anteriormente está mais ligado ao fato da grande competitividade do vestibular do que ao próprio ensino. Portanto, deve-se avaliar os prós e contras de cada curso, qual universidade tem melhor equipamento sobre determinada área, etc..
Enfim, outra questão bastante difundida é o peso que um diploma de curso superior vai ter no currículo. Seria ele um pilar fundamental? Para muitos (como nós), sim. A educação é um direito básico de todo cidadão, e o curso superior deveria ser algo de acesso a todos. Só há busca de profissionais técnicos pela diferença salarial (sem desmereçer, por favor, não nos entendam mal), onde um profissional graduado em uma faculdade tem mais conhecimento do que aquele que apenas concluiu o técnico. Como hoje o sistema educacional brasileiro é falho, não há democracia ou direitos iguais, verifica-se a importância de cursos técnicos - afinal, aqueles que não conseguem ingressar em faculdades, seja por falta de recursos financeiros ou impedidos pelo vestibular, tem que ter uma segunda opção. Mas, tendo em vista uma sociedade perfeita - sim, sabemos, é uma utopia - o ideal seria que todos pudessem aderir ao curso superior, eliminando a concorrência desleal entre as camadas elitizadas e as menos prevalecidas.
Para aqueles que tem possibilidade de ingressar em uma faculdade, por favor, não deixem passar essa oportunidade! Ela é de suma importância para qualquer carreira que desejem seguir.
Depois de algumas pesquisas, encontramos esse vídeo que mostra a importância do curso superior em outros países. Colocamos apenas o de Portugal (se não ia ficar difícil pra galera entender) mais outros países como Dinamarca, Inglaterra e Sudão (acreditem, Sudão!) também concordam.
Olá Laranja.
ResponderExcluirEssa é uma discussão bastante importante, especialmente para quem está prester a fazer a opção da carreira profissional. Concordo com voces, falta uma política educacional consistente e que garanta educação para todos no Brasil. e estou me referindo a educação básica e fundamental, que dirá universitária.
Apesar de falha, a política educaional brasileira ampliou as modalidades de cursos superiores nas faculdades e universidades. Hoje existem cursos técnicos em nível superior, os cursos que formam tecnólogos e que duram, me média 2 anos e meio. Sei que a Unicamp oferece alguns e acredito que outras universidades federais e estaduais tambem devam oferecer esses cursos.
Quanto a questão pública ou privada, a discussão deveria ser também aprofundada. As universidades são feitas por pessoas e quando se escolhe um curso acho que o corpo docente deve ser analisado. Quem são os professores? O que fizeram? Qual sua formação, seus interesses dentro daquele campo profissional? A USP, por exmeplo, ainda atrai boas cabeças para seus quadros docentes. Mas nos últimos anos universidades privadas têm atraído professores com altos salários e boa infra-estrutura de laboratórios bibliotecas e possibilidade de realizar pesquisas.
Mas a questão básica nesse assunto ainda é a seguinte: Quem entra nos vestibulares das públicas? Geralmente quem teve acesso a educação de qualidade, ou seja, quem estudou em escolas privadas, já que o governo não oferece ensino de qualidade, o que é obrigação, afinal pagamos impostos pra que? E quem pode pagar um bom curso numa boa universidade privada? As mesmas pessoas. Portanto, generalizando, a educaçào de qualidade no Brasil ainda está restrita àqueles que tem bom poder aquisitivo. E isso, como voces afirmaram, não é nada democrático, não é bom para o futuro do Brasil.
Parabéns pelo blog, estou gostando muito.
Abraços e boa sorte,
Octavio